quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Depois de muito refletir, resolvi retornar um pouco ao blog e ver o q acontece... Estamos agora num momento muito diferente, com o Vince. Ele esta com 1 ano e 8 meses e esta muito mais divertido! Ele interage, tenta dizer o que quer, e isso facilita muito o convivío. Claro que, a cada passo que ele dá em direção à independencia, existe mais barreiras entre o que pode e o que não pode, e isso acaba gerando alguns conflitos, mas nada que realmente passe dos limites.
Passamos por um período delicado entre 1 ano e 2 meses e 1 ano e 4 meses, qdo ele desenvolveu plenamente sua capacidade de andar, mas não nos compreendia, então, sua sensação de autonomia, capacidade e independencia estavam elevadas ao maximo, mas sua compreensão estava muito ruim, ainda. Isso levou à muitas birras. Muitas mesmo! Tudo era motivo para choro, esperneios e gritos.
Até que, um belo dia, qdo eu conversei e expliquei devagar que o que ele queria, naquele momento, não era possivel, ele me compreendeu e a birra, já esperada, se transformou em um choro controlado, uma frustração, não um desespero.
E desde então, tem sido assim. Temos momentos um pouco mais estressantes, mas dificilmente, momentos fora do controle. Tudo é sempre muito bem explicado pra ele, repetido, falado olhando em seus olhos. As vezes, ele aceita. As vezes, ele chora um pouco, mas facilmente, se distrai. E umas poucas vezes, ele chora mais, as vezes, se solta no chão, pra logo em seguida levantar sozinho, muitas vezes, até rindo...
Com isso, novamente, me ficou claro a importancia da paciencia! Eu sempre friso que, para mim, essa é a palavra-chave da maternidade! As fases acontecem com todos, com maior ou menor intensidade, e devem ser encaradas e peocessadas da melhor forma possivel, com carinho, paciencia e orientação, para que não se prolonguem mais do que o necessario para a criança amadurecer e passar por ela.
No momento, estamos lidando muito bem com aaproximação dos terrible two, vamos caminhando juntos para os proximos meses!
Bjs.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

É preciso atenção às crianças.



Quando eu escolhi fazer pediatria, principalmente quando fui fazer UTI Pediatrica, muita gente me falava que não conseguiria seguir essa área porque teria pena das crianças doentes. Eu não focava na pena, sempre trabalhei com a esperança. As crianças ficam doentes e precisamos trabalhar em prol de curá-las. 
Mas foi enquanto passava meus dias de plantão que eu passei a notar quantas crianças sofriam acidentes, domésticos ou não, mas na maioria das vezes, evitáveis. 
Isso sim, começou a mudar meu comportamento e eu introduzi o tema dos acidentes domésticos nas minhas consultas, relatando os maiores riscos dentro de casa e incluía também a necessidade do uso regular da cadeirinha do carro. 
E assim chegamos ao tema tão importante que consternou tanto essa semana passada. 
Li muitos textos sobre isso, culpando o estresse da vida corrida e cheia de compromissos de hoje em dia, muita gente se solidarizando com a dor desses pais. 
Mal consigo imaginar o tamanho da dor desses pais... Porém, acho imprescindível olhar com seriedade para que esses casos não se repitam, assim como os outros acidentes tão graves quanto. 
É importante manter algo sempre em mente: criança precisa de supervisão. 24h por dia. 
A atenção à criança, ao que ela esta fazendo, onde esta indo, em que esta mexendo, evita a enorme maioria dos acidentes. 
Se você é o responsável pela criança naquele período dedique-se a isso, como você faria se tivesse um trabalho importante pra fazer. Concentre-se na responsabilidade imensa que esta embutida nisso. 
Na minha cabeça, apenas isso- a atenção à criança- seria suficiente pra que mais nenhuma fosse esquecida dentro do carro, mas como temos que imaginar que todos somos passíveis de erros e falhas, minha dica seria que, principalmente quando carregar a criança no carro não fizer parte da sua rotina, deixe algo que você vai precisar no banco de trás junto da cadeirinha, como sua bolsa, carteira ou celular, assim, você não vai esquecer de olhar pra trás antes de sair do carro. 
Não se sentir infalível, não pensar que com você não vai acontecer e fazer algo para evitar que essa situação aconteça com o seu filho, é o primeiro passo para que realmente não aconteça! 



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O desenvolvimento da fala - com texto da minha querida amiga Simone, fonoaudióloga.

Gente, outro dia uma mãezinha aqui do Blog me pediu pra falar sobre o desenvolvimento da fala do bebe, e eu optei por chamar alguém que realmente entende do assunto, pra falar sobre isso. 

Chamei minha amiga Simone, que é fonoaudióloga, pra explicar pra gente sobre como a fala se desenvolve e como os pais devem agir diante dos filhos pequenos. 

Vamos conferir o que ela escreveu: 


"A FALA 

Você já deve ter ouvido “O filho da fulana começou a falar com tantos anos” ou “Fulaninho é mais novo que o seu e fala tudo certinho”...

Em primeiro lugar, temos sempre que considerar o ritmo de cada criança!

Não é porque o filho do vizinho tem 2 anos e já fala “Eu quero chupeta”, que o seu também precisa falar do mesmo jeito!

O segredo mais importante, em qualquer idade é: SEMPRE DÊ O MODELO CORRETO DA FALA.

Mas sempre mesmo!!! Quando está dando banho, comida, brincando...SEMPRE!!! É bonitinho falar como eles: “bebê quer pepeta”, “bebê quer tete”, “mamãe vai bincarnenê”... Mas não ajuda em nada no processo de aquisição da fala.

Porque é esse o modelo que ele tem! E isso não é a fala correta! E se você continuar repetindo as coisas do jeito dele, provavelmente você será mais uma mãe no consultório fonoaudiológico a espera de um milagre instantâneo! E as coisas não são assim! Mudar hábitos faz-se necessário para o bom desenvolvimento da criança, de modo geral, mas quando essas mudanças dependem, inicialmente, dos pais, temos que ser rigorosos. Pois os pequenos passam grande parte do dia na escola. No tempo contadinho que temos com eles, precisamos ser o melhor de todos os modelos que o cercam, nas atitudes, carinhos, conforto, e principalmente, na fala. É o que você faz, o que você fala que ele vai começar a imitar.

As crianças iniciam sua comunicação com o choro, e vão se aperfeiçoando a medida que percebem que estão sendo compreendidas. Balbuciam, falam um “enrolês” olhando para você como quem diz “entendeu o que falei?”, apontam e esbravejam quando percebem que não são compreendidas também!

Quanto a apontar para as coisas quando querem, o ideal é que os pais, professores ou cuidadores, apesar de sempre entenderem o que a criança está querendo, descrevam oralmente a situação. Por exemplo: A criança olha em cima da mesa e vê um caminhão. Aponta fazendo somhumm”. Não atenda de primeira, pois isso fará com que ela não se esforce para vocalizar o que está querendo. É claro que você já terá entendido o que ela quer, mas pergunte “O que você quer?” Ela vai apontar novamente, aí complete “Ah, você quer o caminhão?” Ela vai fazer uma “carinha de sim”, aí sim você pode completar a ação entregando-a o brinquedo.

Mas isso tem que ser feito sempre. SEMPRE!

Como toda criança em processo de aprendizagem, ela vai precisar de repetição. E as vezes, muitas repetições! Mas não desista! É um esforço que vale a pena, e depende, inicialmente de nós pais, e só! Você vai se orgulhar quando ele fizer a primeira tentativa de falar o que você já repetiu pra ele tantas vezes!

Ah! E jamais faça disso uma exigência do tipo “Se você não falar certo, não vou te dar o caminhão.” Isso só faz com que a criança se afaste das tentativas de comunicação. Fale sempre o correto, pois ouvir já é boa parte do caminho!

E quando devemos procurar uma fono?

Como mãe e fono, sou da opinião que o quanto antes melhor! Alguns pediatras orientam para esperar até uns 5 anos...particularmente, não concordo! Pois existem trocas fonêmicas simples que podem ser adequadas antes dessa idade, apenas orientando a família.

É claro que uma criança de 1 ano e meio, por exemplo vai falar sílabas e aos poucos vai juntando. Uma criança de 2 anos e meio já consegue formar frase, mesmo que com trocas fonêmicas, do tipo “dá bóia” (dá bola). Essas trocas são normais porque as crianças adquirem os pontos articulatórios aos poucos! Mas é importante que não permaneçam muito tempo. Se uma criança de 4 anos disser “dá bóia” para “me dá a bola”, já é preocupante. Pois ela já é capaz de formar frases mais elaboradas e sem trocas na fala. Isso se a família for colaboradora e essas trocas não fizerem parte da rotina dela. Por isso é importante a avaliação fonoaudiológica, pois a profissional vai conseguir mensurar a necessidade de haver a terapia ou apenas orientações esporádicas com a família."


Simone Vianello Bastazini Aguiar
      Fga. Especialista em Voz - CRFa. 13335
            (14) 9114-3897  

Essa é a minha amiga querida, de looonga data, Simone e o filhote fofo dela, o Caio. 

Obrigada, Si!!!

Bjos. 


 

 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lidando com as birras

Não vou negar que essa fase do Vince esta sendo muito complicada... Ele chora todas as vezes que é contrariado, se joga para trás, grita. Típico comportamento da birra. 
A criança começa a fazer birra porque não consegue lidar com o sentimento de frustração. A sensação de querer algo que não pode ter, mesmo que esse "algo" seja colocar o dedo na tomada, escalar a estante da sala, etc...
Lidar com essas situações, nessa fae em que ele esta, é muito cansativo, mas, no fundo, é a mesma coisa que deve ser feita para uma criança mais velha.
O primeiro ponto e mais importante é não ceder! Nunca! Never! Jamais!! 
Como o Vince ainda é um bebê, eu simplesmente coloco ele longe da onde ele quer mexer e pronto. 
A criança mais velha tem que saber, desde o primeiro momento, que aquele não é o caminho, que com a birra ele não vai conseguir o que quer, e ainda terá outras perdas, como ir embora do passeio, se a birra foi fora de casa, por exemplo. 
O segundo ponto é mostrar o quanto você esta triste com a situação provocada pela criança. Com o Vince vai na base da atuação: cara de brava quando falo "não!" e cara de triste depois, quando falo com ele. 
Com a criança mais velha, podemos ser ainda mais convincentes, expressando com palavras o quanto ficamos tristes com a sua atitude. 
Temos sempre que ter em mente que, independente do que a criança diga no momento em que esta nervosa, eles amam os pais e querem a aprovação e orgulho deles por seus atos, então, ouvir da mãe e do pai que o que ele fez os magoou realmente pode influenciar em seu comportamento, da próxima vez. 
E por último, eu tento distrair o meu bebê. Como ele ainda não entende o que falamos, eu sempre pego a chupeta ou um brinquedo que ele gosta e o distraio, fazendo com que esqueça a birra. 
Com a criança mais velha, essa é a hora das desculpas. É preciso esperar que a criança venha se desculpar e sempre aceitar as desculpas com um abraço carinhoso, beijos, etc... Enquanto a desculpa não vier, é importante manter o comportamento de "estou triste com você" para que não pareça que você esqueceu o que aconteceu, o que daria uma importância menor ao fato. 
Parece até simples, vendo as coisas escritas aqui, né?! O problema é que é preciso fazer toda essa maratona incontáveis vezes, com o bebê... Chega a ser exaustivo... 
Com a criança mais velha, na maioria das vezes, a birra não é tão frequente, mas é mais intensa, com aquela coisa de se jogar no chão, sapatear, espernear, gritar... Só quem já teve que lidar com uma de verdade, sabe o que estou falando. Mas a atitude dos pais tem que ser sempre a mesma. Mostrar firmeza e decisão. Não é não e ponto. 
Em casa, para tentar sobreviver a essa fase sem me descabelar demais, foi escolher um local seguro pra ficar com o Vince. Escolhi o quarto dele, onde esparramo os brinquedos pelo chão e ele pode engatinhar sem muito risco de se machucar e pode mexer em quase tudo o que diminui muito o número de "nãos" que eu tenho que falar e nós dois acabamos ficando muito mais tranquilos.

 Ter um local seguro em casa, onde você não precise ficar atrás de cada movimento da criança, é uma daquelas pequenas coisas que melhoram muito a sua qualidade de vida com o bebê!
As birras, em maior ou menor grau, sempre irão aparecer, o importante é saber lidar com elas desde o começo. Não adianta gritar ou perder a paciência e o controle na frente da criança, pois isso apenas irá ensiná-la que aquele comportamento é correto, que quando ficamos nervosos, o caminho é gritar, espernear, bater, até conseguir o que quer. A criança é o espelho dos pais, mantenha a calma e o controle diante das situações, que seu filho irá crescer sabendo respeitar as pessoas e as regras. 
Não é fácil, mas vale a pena!! 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A lagarta, o casulo e a borboleta

Hoje eu li de novo aquela frase "nasce um bebe, nasce também uma mãe" e fiquei pensando sobre ela. 
Ela da a sensação de que vc deixou tudo para trás, afinal, nascer significa começar, no caso da mãe, ela esta nascendo naquele momento, junto com o bebe, mas... e a mulher que sempre existiu antes desse bebe nascer? o que aconteceu com ela?
Acredito, muito mais, que vivemos como borboletas. Deixem-me explicar...
Antes do bebe nascer, éramos as lagartas. Crescendo e aprendendo a cuidar de nos mesmas, ganhando responsabilidades, fortalendo corpo e mente para um dia, chegar o momento de cuidar além de si mesma. Cuidar do outro.
Eu e meu marido, na epoca da faculdade, há alguns varios anos atras..

O tempo passa e chega o momento da lagarta entrar no casulo. É a gestação. Nove meses acompanhando as mudanças em nosso corpo, sentindo aquele pequeno ser se desenvolver. Aprendendo, crescendo, amadurecendo como jamais fizemos na vida. Atravessando a maior mudança que pode acontecer na vida de uma mulher.
E essa sou eu no meu casulo de transformação. 

Então, ocorre o nascimento e quando pegamos o nosso bebe nos braços, é uma mistura imensa de sentimentos. Nos sentimos poderosas, como se estivessemos abrindo nossas asas para um novo mundo, mas ao mesmo tempo, ainda inseguras com todas as repercussões que isso tera em nossas vidas. Antes andavamos em terra firme, como lagartas, agora, pertencemos ao céu, com toda sua imensidão, todos os seus misterios, como borboletas.
Mas se olharmos bem de perto, ali entre as asas, o que encontramos? Nada além da boa e velha lagarta. Ou seja, nossa essência, aquela que sempre fomos, aquela que atravessou as dificuldades, que lutou, aprendeu, cresceu e amadureceu ainda esta ali, só esta mais bonita, mais livre, mais madura.
E eu, segurando o pedaço mais colorido da minha vida, quando ele era ainda bem pequenininho.

Então, quando nasce um bebe, não nasce um mãe, não é um começar abrupto, mas sim uma transformação gradual, até abrirem-se as asas dessa mulher, agora mãe - agora borboleta - para todo um céu de novas e maravilhosas experiencias. 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A falta de tempo. É isso mesmo?

Ontem, o Vince chegou da escolinha e só quis brincar. Nada de sonequinhas de 2 horas, nada de jantar, tomar banho e dormir. Ele queria brincar, queria atenção, queria colo. E eu? Eu queria tempo.
O tempo é muito relativo, afinal. Hoje, mais do que nunca, eu acredito que o uso do seu tempo seja realmente uma escolha pessoal. É importante parar um dia e pensar: Quais são as minhas prioridades?
O nosso tempo de vida é limitado, todos sabemos, dificil é tomar consciência real disso. Quando estamos fazendo algo por alguem, mais do que qualquer esforço ou dinheiro, estamos doando nosso limitado tempo. 
Então, você se pergunta? O que eu venho fazendo com o meu bem mais precioso? O que eu tenho feito com o meu tempo?
Eu trabalho em parte dele, então procuro fazer algo que eu gosto muito. Gosto do meu ambiente de trabalho, gosto de atender meus pacientes e gosto de onde trabalho também, não vou negar, porque sempre tenho um tempinho livre, que posso usar pra escrever, aqui, por exemplo, coisa que é impossível de fazer quando estou em casa.
E quando você sai do trabalho, o que faz com o seu "tempo livre"? Tenho certeza que a maioria já começou a listar as coisas que gosta de fazer. Podemos incluir ler um livro, assistir um bom filme, ir ao cinema, preparar um jantar especial, ir a academia, etc, etc, etc...
Ficar com a família, faz parte da sua lista ou você acabou de lembrar agora que eu perguntei?
E quando você " esta com a família" quanto você realmente esta com a família e quanto a família esta cada um no seu celular?
Foram essas perguntas que eu me fiz há algum tempo atras e hoje eu me esforço, não vou dizer que consigo 100%, mas eu realmente me esforço para "estar com a minha família" de verdade.
Eu desligo do celular para assistir Disney Jr e Galinha Pintadinha com o Vince sentado no meu colo. Desligo do celular para sentar no tapete para brincar com ele, desligo do celular para jantar com o meu marido, mesmo que muitas vezes, ele não desligue.
E não adianta dar desculpas: é sobre o trabalho, ou estou conversando com a minha mãe, com o meu pai, com o meu chefe, etc. Você esta ali, com a sua família, mas ao mesmo tempo, não esta.
E eu não cobro ninguem que faça o mesmo. Cada atitude em prol do outro, seja filho, esposa, marido, mãe, pai, etc... tem que ser uma decisão sua, de coração. O precioso tempo é seu, você tem que ter a liberdade de escolher com o que quer gasta-lo.
Quando estou sentada no chão, brincando com o Vince, ou simplesmente impedindo ele de se matar, subindo nas estantes, derrubando as coisas em cima de si próprio, etc... eu muitas vezes sinto vontade de terminar aquele livro que comecei há séculos e ainda não teminei, de mexer no celular e ver o que estão comentando no facebook, de conversar com a minha mãe ou minhas amigas no whatsapp, mas naquele momento, eu escolho doar meu tempo para o meu filho, enquanto ele ainda quer tanto minha atenção. Porque, afinal, esse tempo logo vai passar e ele vai entrar naquela fase individual que vai desde a adolescencia até a maturidade, quando ele tiver o seu próprio filho e perceber o quanto sente falta da mãe também e assim o ciclo vai se repetindo... 
 Por tudo isso, hoje eu acredito  que doar o seu tempo é o maior gesto de amor que você pode fazer a alguem. 

Use it well!!!

sábado, 18 de outubro de 2014

Hora de voltar a trabalhar


Quando eu fiquei gravida, de uma coisa eu  já tinha certeza, eu voltaria a trabalhar quando o Vince tivesse cerca de 4 meses. A retomada da minha rotina foi uma parte muito importante de eu me sentir bem com a maternidade. Minha independência, pessoal e financeira sempre foi muito importante pra mim. 
Pra quem, por escolha ou por necessidade, também vai deixar o filhote, pequenininho aos cuidados de outras pessoas, temos 3 opções. A escolinhas, os avós (ou outros parentes) ou babás.
 Vou deixar a minha opinião sobre cada uma dessas escolhas e as recomendações dadas inclusive pela sociedade brasileira de pediatria.

1) babás: eu acredito que existam ainda famílias em que a babá acompanha pais, filhos e netos, mas isso, hoje em dia, é bastante raro. Eu, particularmente, nunca aceitei bem essa opção, acho que deixar o meu bebezinho com um desconhecido, sozinho, dentro da minha casa, seria algo com o qual eu não conseguiria lidar, mas se essa é a sua opção, as recomendações principais são que você não deixe seu bebe sozinho com a babá desde o primeiro dia, pois a criança tem que ter um tempo para conhecer e se sentir confortável com o estranho então, é recomendado que você conviva com a baba por cerca de 2 ou 3 meses antes de deixa-lo a sós com ela. Conheça seus hábitos, crenças, nível educacional, lembre-se que a criança aprende por imitação. Monitore pelo menos alguns cômodos da casa com câmeras de segurança que possam ser acompanhadas por você via internet (sim, isso faz parte das recomendações da sociedade brasileira de pediatria!). 

2) avós: na verdade, essa opção diz respeito a todos os parentes, mas os avós são os mais comuns nessa função. Bom, a parte de segurança e carinho estão garantidos nessa opção, porem o problema se encontra na dificuldade de interação entre as mães e os parentes que cuidam da criança. Normalmente, os parentes tendem a ser mais permissivos e isso pode gerar conflitos ou situações desconfortáveis na família. A criança criada pelos parentes mais permissivos tende a ser mais manhoso e mais inseguro devido ao apego excessivo que desenvolve com os cuidadores. Não que isso vá durar para vida inteira, na maioria das vezes o que ocorre é um amadurecimento mais tardio, mas que em nada vai atrapalhar seu desempenho escolar mais tarde ou seu sucesso profissional. 

3) escolinha: essa sempre foi a minha opção. A escolinha estimula o desenvolvimento social, neuro-psico-motor e cognitivo da criança. Há um estimulo ordenado, realizado por pessoas treinadas, a criança segue uma rotina pre-estabelecida e na maioria das vezes, tem um aprendizado mais rápido, é mais independente e mais sociável. Mas há os inconvenientes e o principal deles são as infecções que invariavelmente irão acontecer em maior ou menor freqüência, podendo chegar, algumas vezes a nos fazer ter que mudar de estratégia, como ter que retirar a criança da escola, mas esses casos são menos comuns, mas é por isso que é tão importante um acompanhamento rotineiro com o pediatra, principalmente nos primeiros meses de escolinha. 

Esse é o Vinvce na escolinha, tomando mamadeira no colo da "tia Su", a "tia" que ele é mais apegado no berçario. ❤️

O mais importante, porém, é você estar satisfeita com a sua opção, seja ela por escolha sua, ou a sua única opção, tente encarar como uma nova etapa na vida do bebe, que irá proporcionar amadurecimento de ambos, e se for tratado de forma natural por você, será encarado de forma natural pelo bebe também.